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Killing Time

Sucessor espiritual de Escape from Monster Manor e lançado em 1995 pelo Studio 3DO, Killing Time é uma assustadora mistura de jogo de tiro em primeira pessoa, RPG e exploração.




História
Egito, anos 30. Um professor de egiptologia chamado Dr. Hargrove descobre um relógio dágua na tumba do Faraó Ramses. Segundo os escritos, o artefato tem o poder de conceder vida eterna ao seu dono. A peça desaparece misteriosamente após a visita à escavação da patronesse da expedição, Tess Conway. Tess é uma mulher obcecada pelo oculto e por sua juventude, com delírios de imortalidade. 

Suspeita-se que ela tenha levado o relógio para a sua mansão na Ilha Martinicus, na costa do Maine, EUA, onde costuma organizar festas suntuosas para a sociedade dos anos 30, recebendo desde celebridades da época até perigosos gângsters.

Ninguém jamais ouviu falar de novo de Tess Conway e seus convidados
Em uma dessas festas, no solstício de inverno de 1932, todos os ocupantes da mansão desaparecem sem deixar vestígios, e nunca mais se ouviu falar de Tess Conway ou de seus convidados naquela noite. Você é um detetive que decide investigar o mistério e vai sozinho até a mansão, contando apenas com sua inteligência, coragem e seu revólver .45.

Estranhamente, ao colocar os pés na ilha, seu relógio pára...

Tela de boot, menu principal e início do jogo
O Game
Killing Time é ação e exploração com visão em primeira pessoa e elementos de RPG. Os ambientes são vastos, bem construídos e texturizados, dando ao jogador a sensação de explorar todo a extensão da Mansão Conway bem como seus arredores e subterrâneos.  O jogo tem muitos detalhes interessantes que aparecem durante o desenvolvimento, alguns deles únicos. A progressão no jogo se dá através de descobertas de artefatos ligados a expedição do Dr. Hargrove e ao acervo de Tess, que gradualmente liberam acesso a diferentes habilidades e novas partes da mansão.

It's killing time!
Você tem à disposição um arsenal da época, que inspira respeito aos vivos e mortos:
- Colt "Peacemaker" .45 (que pode ser utilizado em dupla, quando encontrado um par)
- Espingarda Remington 870 calibre 12 de 1931
- Lança-Chamas Kleinschmidt de 1917 
- Sub metralhadora Thompson .45 "Tommy Gun"

Os fantasmas se divertem
A história do que ocorreu na fatídica festa de 1932 é apresentada na forma de aparições fantasmagóricas, filmadas com atores digitalizados. Aí já temos algo inovador: Ao invés de cutscenes, os eventos são mostrados no lugar exato onde ocorreram, integrando atores e os gráficos in-game, em tempo real. Você se aproxima de determinado ponto e as pobres almas aparecem para repetir incessantemente as ações que desempenharam naquela específica parte da história e cenário.

Chefs, fumantes inveterados, gângsters, governantas, palhaços. Todos querem matar você.
Os inimigos do jogo são praticamente tudo e todos que estavam na ilha naquela noite, desde os convidados até animais e insetos. Alguns se tornaram perigosos fantasmas e aparições enquanto outros são inofensivos mas foram condenados a repetir seus últimos momentos pela eternidade, todos com muitos detalhes e quadros de animação. Os fantasmas e monstros que infestam a mansão são uma mistura de filmagem, animação em computação gráfica e manipulação de imagens. Há cabeças errantes, palhaços, cozinheiros, insetos, caçadores, gângsters e esqueletos. 
O jogo é enorme e não há loading de nenhum tipo, carrega continuamente do disco e as fases são interligadas, sendo o único sinal de que você trocou de cenário a mudança do som ambiente e trilha sonora.

Cenários ricamente texturizados, variados e sem loading entre eles
Já que tocamos no assunto, o som de Killing Time é único. Inimigos tem vozes e grunhidos característicos e os efeitos das armas foram todos gravados de artefatos reais. As músicas vão de temas soturnos a alegres canções de jazz dos anos 30, todas tocadas por instrumentos reais e compostas especialmente para o jogo.

Música-Tema de Killing Time: Toot Sweet Jazz Band - Time Trapped Isle

"Upon this time trapped isle where time has ceased to be -
If you must know why, you better pay heed to me!
This is a place so cruel, across a darkened sea -
You would be a fool to come and challenge me!

This is the end for you! You never will be free!
You won't have a clue for the rest of eternity!
This is a place so cruel, across a darkened sea -
Well, I'm warning you to stay away from me!
You never will escape, no matter what you try to do!
If you try to run away, we'll turn you into barbecue!
Don't stay around and wait - no one will listen to your cry!
You will meet your fate while on this time trapped isle!..
This is the end for you! You never will be free!
You won't have a clue for the rest of eternity!
This is a place so cruel, across a darkened sea -
Well, I'm warning you to stay away from me!.."

Falamos do que existe de bom, mas temos que falar das partes ruins: O frame-rate em alguns momentos devido a intensidade gráfica cai. Nada muito grave, mas acontece. A dificuldade é bastante alta e a munição não tão abundante, o que pode afastar alguns jogadores. E principalmente: No início do game há um grande labirinto nos jardins da mansão, infestado de caçadores e patos que fazem um barulho irritante. Supostamente serviria como uma fase introdutória e uma espécie de tutorial, mas o que ocorre é que a dificuldade é desbalanceada e você pode morrer facilmente e várias vezes ali. Outra coisa é que se você seguir o labirinto pela direita acaba indo parar nos subterrâneos da mansão, um lugar que não deve chegar nem perto antes da metade do jogo, quando estiver muito bem armado. É frustrante e por causa desse início algumas pessoas abandonam o jogo antes dele começar efetivamente.

Seja persistente
Killing Time é um game com um capricho e uma riqueza de detalhes que mesmo hoje impressiona, tudo no jogo está ali por alguma razão: As armas e munições espalhadas estão lá por conta de um contrabandista, amante de Tess, que ficou sem lugar para estocá-las. Uma sala está em chamas devido a um fumante que resolveu relaxar perto de materiais inflamáveis. E sim, seus ossos continuam lá fumando em meio as chamas e não gostam de serem interrompidos.  

Por ter sido lançado já no final da vida do 3DO é uma pena que seja tão pouco apreciado.

Depois do final do console, quando o Studio 3DO ficou independente e passou a fazer jogos para outras plataformas este título seria lançado para Playstation e Saturn, o que não chegou a acontecer. Mas uma versão foi colocada nas lojas para Windows 95 porém refeita do zero. Esta além da história e personagens não tem nada relacionado ao original, roda em um engine diferente sendo inclusive bastante inferior em gráficos e jogabilidade.

Capas da edição japonesa e do port para PC
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No Brasil: Raro




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